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Vice-prefeito de Agudo é preso em operação da Polícia Civil

Ele é suspeito de participar de fraudes licitatórias no município

O vice-prefeito de Agudo, Moises Carlos Kilian (MDB), foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira durante uma operação da Polícia Civil. Ele é suspeito de participar de fraudes licitatórias. A ação, que acontece em cinco cidades gaúchas, tem como objetivo desarticular uma organização que atuava na prefeitura de Agudo pelo menos desde 2012. A operação ainda está em andamento.

De acordo com a Polícia Civil, nesta manhã a Operação Fogo Fátuo cumpre 35 mandados de busca, quatro mandados de prisão, nove ordens judiciais de bloqueio de ativos em AgudoSanta Maria, Cachoeira do Sul, Canoas e Porto Alegre em investigação dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes licitatórias e lavagem de dinheiro.

Segundo os delegados André Lobo Anicet e Max Otto Ritter, que coordenam a ação, as investigações duraram aproximadamente um ano. Os crimes teriam acontecido dentro da prefeitura, a partir da secretaria municipal de obras, e os suspeitos seriam o vice-prefeito, seus assessores e motoristas, e empresários do ramo de máquinas e peças.

As fraudes em procedimentos licitatórios teriam acontecido através de combinação de valores e fracionamento das compras, além de notas fiscais com valores superfaturados que eram solicitadas com o objetivo de desviar recursos públicos. O prejuízo estimado, apenas entre 2015 e 2016, conforme auditorias do Tribunal de Contas do Estado, pode atingir R$ 1,1 milhão.

Informações preliminares apontam que, além do vice-prefeito, que foi detido em casa, outras quatro pessoas ligadas a prefeitura foram presas preventivamente, e documentos foram apreendidos. O Diário segue acompanhando as investigações. 

PREFEITURA FECHADA
Conforme entrevista coletiva à Rádio Agudo FM 90.1, o prefeito de Agudo, Valério Vili Trebien (MDB), informou que os serviços da prefeitura estão suspensos nesta quarta-feira já que policiais estão na prefeitura recolhendo documentos. Conforme Valério, o serviço será normalizado assim que a operação foi finalizada. O prefeito informou ainda que não tem conhecimento dos detalhes do caso e a ele foram solicitados documentos da Secretaria de Obras  que envolvem licitações, empenhos e pagamentos de compras de peças. 

_ Por enquanto, não tenho mais o que comentar porque não tenho conhecimento do real teor da investigação. A gente tem a vontade e fazer o melhor e sempre fui transparente nos meus atos. Se existirem erros na administração pública, temos de corrigi-los - disse o prefeito à Rádio Agudo. 

Foto: Polícia Civil (Divulgação)

Reportagem: Diário de Santa Maria

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