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Caso Madalena: Juiz aposentado será julgado nesta quarta-feira

Acontece nesta quarta-feira, 6 de junho, a partir das 9h, no Fórum, em Restinga Sêca, o julgamento do juiz aposentado de Minas Gerais, Francisco Eclache Filho, acusado pela morte da companheira, Madalena Dotto Nogara. O crime ocorreu em 22 de junho de 2014, cerca de um ano após o casal ter se conhecido pelo Facebook e iniciado um relacionamento.

Conforme a denúncia, assinada pelo promotor Sandro Marones, o homem tinha sentimento de posse em relação à mulher, restringiu contatos com pessoas e a obrigou a excluir o perfil na rede social. A situação se agravou em razão da ingestão de bebidas pelo acusado. Na noite do crime, o juiz teria pego as chaves do portão eletrônico da garagem da casa da filha de Madalena, impedindo a mulher de sair de casa, distante 10 quadras da residência da mãe. Com um revólver calibre 38, ele atirou quatro vezes em Madalena, acertando a vítima nas costas, no tórax e na cabeça.

Depois de matar a companheira, o juiz aposentado arrancou os fios do telefone e pegou o veículo da vítima para fugir. A intenção era voltar a Minas Gerais, mas ele caiu em um barranco na BR 101, em Osório, quando acabou sendo preso.

Na sentença de pronúncia, a Justiça reconheceu a prova da materialidade e o indício de autoria. A denúncia é de homicídio duplamente qualificado: motivo fútil, devido ao ciúme excessivo que o acusado tinha da vítima, e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O juiz segue preso.

 

Corpo passou por exumação

No dia 5 de maio de 2015, aconteceu a exumação do corpo de Madalena, sepultada no Cemitério Municipal de Restinga Sêca.

De acordo com a delegada de Polícia Civil, Elisabete Schimomura, que acompanhou o processo de exumação realizado pelo Instituto Geral de Perícias – IGP, a medida foi tomada depois de o Poder Judiciário atender ao pedido do advogado da família da vítima, Bruno Seligmann de Menezes, com o argumento de que os dois laudos de necropsia são imprecisos e contraditórios: “Estamos atendendo a uma requisição do Poder Judiciário, para dirimir algumas dúvidas. Há uma contradição entre os dois laudos sobre o percurso de um dos disparos que atingiu a vítima”, explicou Schimomura.

O corpo foi transladado a Porto Alegre para perícia.

 

 

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