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Dicas da Professora Elaine dos Santos - 26/04

Toda semana iremos compartilhar dicas de português da Professora Elaine dos Santos. Acompanhem!

Todos nós temos algo a dizer, mas, na fala, podemos nos valer das expressões faciais, dos gestos e, se não formos compreendidos, é possível “voltar atrás” e recomeçar a troca de ideias.

Na escrita, temos apenas palavras e pontuação para expressar as nossas ideias.

  • a) Escolher palavras “certeiras”, de uso cotidiano, que facilitem a compreensão do leitor, ou seja, simplificar para ser entendido;
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  • b) Introduzir palavras novas para despertar a curiosidade do leitor é uma possibilidade, mas, neste caso, conta-se com a “boa vontade” do leitor para pesquisar o significado daquela palavra. Neste sentido, a comunicação pode não ser efetiva, o leitor não quer entender o que foi escrito, por má vontade ou preguiça;
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  • c) Usar frases em ordem direta: sujeito + verbo + complementos: Eu fui a Santa Maria (Sujeito: eu; verbo: ir [fui]; complemento: a Santa Maria).
  • Um lembrete: quem vai a e volta da, crase há; quem vá a e volta de, crase pra quê?
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  • d) Pontuar corretamente: Eu fui a Santa Maria, mas, na volta, passei em Faxinal do Soturno, porque queria visitar amigos.
  • Os verbos têm a primeira pessoa (eu) como sujeito;
  • Há uma conjunção adversativa: mas, que está acrescendo a informação que, além de Santa Maria, eu fui a outro lugar;
  • Sobra-nos: “na volta” (poderia ser “na ida”), que está associada a “passei em Faxinal do Soturno”, assim, em ordem direta: “passei em Faxinal do Soturno na volta”, o que justifica o seu uso entre vírgulas porque a informação foi deslocada “pra frente”.
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  • e) Já vi situações em que leitores reclamam do uso excessivo de sinais de pontuação, especificamente, ponto de exclamação, como se o emissor do bilhete, da carta estivesse impondo ordens; ou do ponto de interrogação, como se o emissor estivesse duvidando da capacidade de entendimento do receptor/leitor; ou do uso de reticências, como se o emissor estivesse não apenas em dúvida, mas receoso de se manifestar. Usar a pontuação com prudência é, pois, a regra de ouro.
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  • f) Encadear ideias com “certa” logicidade: “Passei em Faxinal do Soturno, na volta, porque fui a Santa Maria e queria ver amigos” não traz a mesma informação anterior ou, pelo menos, demanda um esforço do leitor para entender o “que se quer dizer”. Imagine que alguém lhe faz uma visita e você está mostrando a sua casa, não se inicia pelo galpão no fundo do pátio, mas pela sala da casa, pelos quartos, o processo de escrita é semelhante.
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  • g) Por favor, dispense negrito, itálico, aspas e sublinhado, o seu texto não é uma árvore de Natal: usar as quatro formas de destaque é um exagero, né?! Sem contar que é ofensivo. Negrito, praticamente, não se usa mais, porque custa caro.

 


Professora Elaine dos Santos, revisora de textos

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