Histórias inspiradoras de mulheres fortes estão presentes em todos os cantos do mundo. Em Restinga Seca, a vida de Rosangela Oriques, agora com 56 anos, é um testemunho de coragem e superação em sua batalha contra o câncer de mama. Ela compartilha sua jornada para motivar outras mulheres a priorizarem a prevenção e a busca pelo tratamento.

Sete anos atrás, em 2016, Rosangela notou um caroço em seu seio enquanto tomava banho, em uma sexta-feira de julho. Agindo com prontidão, na segunda-feira seguinte ela já estava consultando um médico. Naquele mesmo mês, o diagnóstico chegou, trazendo uma notícia difícil: câncer de mama, um tipo agressivo. O nódulo mamário é o sintoma mais comum desse câncer, frequentemente não acompanhado de dor.

Após uma série de exames e procedimentos diagnósticos, Rosangela, carinhosamente chamada de "Rose", soube que teria que enfrentar a quimioterapia, a radioterapia e a remoção do nódulo. Sem hesitar, ela iniciou seu tratamento oncológico em setembro do mesmo ano, no setor de Hemato-Oncologia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), uma referência em saúde na região central do Rio Grande do Sul. As palavras "quimioterapia branca" e "quimioterapia vermelha" se tornaram parte de seu vocabulário diário. Rose descreve esse período como desafiador. Ela não enfrentou essa jornada sozinha; esteve junto com a família apoiando-a. Como mãe, ela contou com o apoio constante de suas filhas. "Minha mãe é uma verdadeira guerreira", diz Samanta, uma das filhas de Rosangela.

A coragem e determinação de Rose a guiaram durante todo o período em que ela ficou em Santa Maria, onde foi acolhida pela ONG Casa Maria, uma instituição beneficente que oferece apoio a pacientes com câncer. Apesar das adversidades, Rose conseguiu superar a doença, encontrou apoio em novas amizades na ONG Casa Maria e extraiu lições valiosas de sua experiência. Enquanto estava na ONG, Rose recebia hospedagem e alimentação. Seu tratamento oncológico foi concluído há aproximadamente seis anos, e atualmente, Rosangela segue fazendo consultas de controle e acompanhamento médico.

Para acompanhar o trabalho dessa instituição, você pode acessar suas redes sociais: facebook.com/CasaMariaOng.

CÂNCER DE MAMA NA ATUALIDADE
Além da inspiradora história de Rosangela, é fundamental compreender o alcance do câncer de mama em nível nacional.

De acordo com estimativas, o Brasil deve registrar cerca de 73.610 novos casos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama continua ocupando a triste posição de maior causa de mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com uma taxa de mortalidade ajustada por idade em 2021 de 11,71/100 mil, resultando em 18.139 óbitos. As regiões Sul e Sudeste do Brasil apresentam as maiores taxas de incidência e mortalidade dessa doença.

SINAIS E SINTOMAS
Para uma conscientização completa, é crucial reconhecer os sinais e sintomas do câncer de mama.

Os principais sinais e sintomas que suscitam suspeitas de câncer de mama incluem um caroço (nódulo) geralmente endurecido, fixo e indolor, alterações na pele da mama, que pode ficar avermelhada ou adquirir uma textura semelhante à casca de laranja, bem como mudanças no mamilo, que podem se manifestar de diversas maneiras. Além disso, a saída espontânea de líquido por um dos mamilos e pequenos nódulos na região do pescoço ou nas axilas podem indicar a necessidade de uma avaliação médica.