A campanha Março Lilás tem como objetivo à saúde da mulher e a conscientização do câncer de colo de útero. Este câncer é um tumor maligno que atinge a parte mais inferior do útero, que é visível através do canal vaginal. Estima-se que seja o terceiro câncer mais frequente entre as mulheres brasileiras. Para o ano de 2022 foram estimados 16.710 casos novos, o que representa um risco considerado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres (INCA, 2021).

A Ginecologista Maria Eleiza Lovatto, explica que na fase inicial da doença pode não haver sintomas, apenas tardiamente. Dentre os sintomas mais comuns estão o sangramento vaginal irregular, corrimento vaginal abundante com odor fétido ou sanguinolento, além de dor pélvica. A principal causa da doença pode estar relacionada ao HPV, vírus infecioso que ataca pele e mucosas, mas existem outros fatores, como por exemplo alguma IST, herpes genital, clamídia, ou AIDS e imunidade baixa. 

Lovatto comenta que a maneira mais eficaz de proteção é a vacinação das mulheres ainda na adolescência e também o uso do preservativo em todas as relações sexuais para evitar o HPV, principal doença ligada ao câncer de colo de útero.

A ginecologista também cita o exame de rastreio do câncer de colo de útero, também conhecido como Papa Nicolau, procedimento que deve ser realizado a partir dos partir dos 25 anos, com frequência individual para cada caso, até a mulher completar 65 anos.

 A profissional também alerta sobre a infecção pelo HPV, pois a cada ano, no Brasil, surgem 15 mil novos casos e cinco mil mulheres morrem. A vacina é a principal defesa contra o HPV, por isso é de vital importância que toda menina a partir dos nove aos 13 anos de idade receba as três doses da vacina. A vacinação completa pode trazer até 98% de imunidade.