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Das jóias raras da Restinga da gente

Quando ela nasceu, Restinga era distrito de Cachoeira do Sul, tornar-se-ia vila em 1938 (Oliveira, 1983, p. 49). ROMILDA FAGUNDES, na verdade, nasceu em 19 de dezembro de 1929 no Faxinalzinho (Ah, dá um Google), onde morou até os 14 anos, quando o pai faleceu. Depois, passou a residir na cidade.

A família, feliz, comemora o aniversário de dona Romilda todos os anos, ofertando-lhe uma festa em homenagem à vida e à sua generosa presença entre aqueles que estão com ela, que lhe procuram, que conversam com ela.

Dona Romilda casou-se com Rufino da Rosa Fagundes, que era, então, funcionário (uma espécie de faz-tudo) da família Giuliani. 

Realizado o casamento, vestida de rosa, o casal deslocou-se - em uma carroça - da igreja até o Faxinalzinho. O marido não permitia que trabalhasse para fora, abrindo uma exceção: lavar roupas para famílias da cidade.

Da sua união matrimonial, nasceram seis filhos: José Luiz, João Carlos, Neida, Luiz Carlos (o homem da camionete mais temida da cidade), Paulo Roberto (o Quinho) e Neila.

Rufino faleceu em 1988. 

Dona Romilda lamenta não ter tido a oportunidade de estudar. O seu pai era muito severo, disciplinador e não liberava as filhas para irem à escola. Todos trabalhavam na lavoura, enxada e uma gamelinha de madeira de timbaúva eram levados para o trabalho.

Das brincadeiras, ao final do dia, lembra das bonecas e dos irmãos inventando brinquedos, principalmente, feitos com sabugos de milho.

Da juventude, uma lembrança presente é as serenatas, bastava um aniversário, um violão e a festa estava feita.

Lembra-se dos trens de passageiros e do trem húngaro, tendo viajado até Porto Alegre. Claro, uma das diversões dominicais era apreciar a chegada e a partida dos trens na estação. 

E quem, sendo cria da Restinga, não lembrará Romilda, Rufino, Julieta e a alegria dos nossos carnavais de rua?

Nota: outro dia, eu conto sobre "a boiada"!

Reportagem e foto:
Professora Elaine Santos

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