Vice presidente do Cremers comenta sobre comunicado de repúdio a nota técnica do Ministério da Saúde
A Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde publicou na última sexta-feira, 21/01, uma nota técnica em que afirmava que os medicamentos do kit covid, como hidroxicloroquina, possuem eficácia contra a covid-19 e a vacina não, contrariando o que dizem médicos, cientistas e a Organização Mundial da Saúde.
O Conselho Regional de Saúde do Rio Grande do Sul, emitiu um comunicado na segunda-feira, 24/01, como forma de repúdio a nota e a qualquer orientação médica que não seja baseada em evidências científicas.
Segundo o vice-presidente do Cremers, Eduardo Trindade, a nota leva as pessoas realmente desconfiarem da eficácia das vacinas, que são comprovadas a partir de diversos estudos. “A vacina, desde o início, se falou que não iria prevenir do contágio, mas sim de sintomas graves que levam a óbito e intrnação”, afirmou Eduardo em entrevista ao Programa Panorama Geral da Rádio Líder FM de Restinga Sêca na manhã desta quinta-feira, 27/01.
“Vamos fazer uma analogia com um jogo de futebol: se o time possui um goleiro, ele pode levar alguns gols, mas se não tiver nenhum, vai levar vários gols. Então, as pessoas não precisam ter medo das possíveis reações da vacina, pois as reações da doença são muito piores que da vacina”, completou.
Confira trecho do comunicado que reafirma a eficácia da vacinação:
(...) “O Cremers sempre defendeu os princípios éticos da Medicina da beneficência, da não maleficência e da autonomia médica. No entanto, esses princípios fundamentais, presentes no Código de Ética Médica (Resolução CFM 2.217/2018), não representam carta branca para prescrição de medicamentos ou tratamentos sem eficácia ou segurança comprovadas.
Da mesma forma, o Cremers defende a vacinação da população como medida fundamental para conter a transmissibilidade e a disseminação das diferentes variantes do coronavírus (Sars-CoV-2) e suas mutações. As vacinas testadas e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) têm se mostrado eficazes e seguras para o controle da pandemia de Covid-19” (...)
Eficácia não comprovada do kit covid
Ao assumir o comando do ministério da Saúde, Marcelo Queiroga solicitou um estudo à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec), que avalia a integração de medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao SUS, sobre a cloroquina e ivermectina.
Após meses de estudo, foi constatado que os medicamentos não são eficazes contra a Covid-19.
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