WhatsApp Image 2021-03-19 at 11.24.26.jpeg
IMG_2338.JPG
Idalisa com seu amigo Protogenes na caixa d’agua onde nasceu Iberê Camargo.

“Restinga Sêca é o melhor lugar do mundo”

 

Idalisa Zimer nasceu em janeiro de 1929, portanto, há 92 anos, no então 4° Distrito de Cachoeira do Sul. O pai era Conrado Zimmer e a mãe era Alice Mohr.

“Eu nasci aqui e cresci aqui. Fui alfabetizada pela professora Maria Elia Bat. Nasci ali perto da Estação, naquele prédio onde era o hotel. Restinga Sêca é o melhor lugar do mundo”, diz ela.

Na sua infância ela ia para o interior passear com os familiares na Fazenda Borges. Depois, ingressou no grupo escolar de Restinga Sêca e recorda que após isso, foi fazer o chamado "ginasial" em Cachoeira do Sul. As recordações do então distrito Restinga Sêca estão gravadas na memória.

“A gente se lembra de tanta coisa, das tropas de gado que passavam, tinha os ervateiros que passavam com uma mulinha na frente, isso eu me lembro. Também em 1941, a época da enchente, começou chuva e chuva e alagava tudo, chegava a ficar com um metro de água. Aquela parte onde é o Clube Secco ficava alagada da água que vinha da sanga", relembra.

Ela saiu de Restinga Sêca por 10 anos, quando foi morar em Guaíba, mas retornou após a emancipação do município.

“Eu retornei em novembro de 1959, e Restinga havia sido emancipada em março”, lembra.

Idalisa trabalhou como auxiliar de contabilidade em um escritório, mas também já realizou atividades em outros estabelecimento da cidade.

“Trabalhei em granja, atendia balcão em açougue, isso tudo a gente fazia", conta.

Ela conheceu também aquele que é o filho mais ilustre de Restinga Sêca, o qual a cidade se orgulha e tem seu nome gravado no pórtico de entrada do município: Iberê Camargo. Ela o conheceu quando vinha para visitar o município.

“Eu conheci ele aqui em Restinga. Vi em uma revista, em 1958, e vi o nome de Restinga Sêca. Fui ver quem era, aí era o Iberê Camargo. E tive a oportunidade de apertar a mão dele, pela primeira vez, ali no Hotel Central. Conheci na fazenda e nossa convivência foi uma coisa muito rápida, a gente não tinha tempo, mais de passagem. Teve um dia só que na fazenda, tive mais tempo”, relembra. 

Outra curiosidade é que Iberê nasceu ao lado de onde Dona Idalisa nasceu.

“Ele nasceu do lado de lá, na Estação, e eu no lado de cá”, brinca.

Pós pandemia

Quando passar a pandemia, ela diz vai retornar a fazer uma das coisas que mais gosta: passear pela Avenida Júlio de Castilhos. E visitar um dos seus pontos turísticos preferidos, que é o Buraco Fundo.

“Acho que o Buraco Fundo é um ponto de referência de Restinga”, defende.

Dona Idalisa deixa um recado para os restinguenses:

“Amizade a compreensão. O amor, o respeito entre as pessoas, isso a gente precisa ter sempre. Dando a mão se possível para quem precisa, isso é essencial. E espero que isso tudo passe logo e volte tudo ao normal com uma vida tranquila que a gente tinha na nossa Restinga, que é o melhor lugar do mundo pra mim.

Comentários