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A saga da Ponte das Tunas

A ponte das Tunas, divisa entre Restinga Sêca e Formigueiro, está passando por reformas devido a suas tabuas estarem soltando e em deterioração e já tendo causado alguns acidentes no local. A saga da ponte tem mais um capítulo.

A última intervenção e interdição para manutenção aconteceu no dia cinco de fevereiro e havia o prazo de 12 dias para fosse feita esta manutenção. A reportagem do Tribuna de Restinga foi atrás de alguns questionamentos que se apresentavam diante dessa última manutenção.

Hoje, sexta-feira, dia 19 de fevereiro, seria o prazo de entrega das obras e havia trabalhadores retirando algumas madeiras em substituição das antigas na estrutura.

Conversamos com o Departamento de Estadas e Rodagem (Daer), Juvir Costella, responsável pela Secretaria de Logística e Transportes (Selt), com os presidentes das Câmaras de Vereadores de Formigueiro Pablo Milani e Restinga Sêca, Mauro França da Costa, além das prefeituras.

O prazo para término da obra aumentou

O prazo de 12 dias já não é mais realidade. Conforme nota da Assessoria de Imprensa do Daer, as chuvas na região e falta dos materiais obtidos para a obra até o momento, o prazo de conclusão foi estendido para março, podendo ser alterado a depender do clima e da liberação de materiais necessários para a execução dos serviços.
O orçamento dado de R$ 150 mil previstos também irá saltar em razão da degradação que a ponte apresenta, e com isso serão suplementados mais recursos.
Outro motivo apontado pelo Daer em nota, é a questão que o material, no qual um novo lote está previsto para chegar no dia 22, segunda-feira, e, durante a execução das atividades, e mais itens serão recebidos. 

Com relação ao cronograma do trabalho, alguns leitores observaram que não havia trabalho nos dias 13/02, 14/02 e 15/02. O Daer disse que a equipe não procedeu à retirada de todo o madeiramento nos dias citados com o intuito de preservar a passagem para os pedestres. Com a chegada do material na segunda-feira (22), o trabalho deverá ganhar ritmo. 

O Departamento destaca que a interdição é necessária, tendo em vista que a ponte só conta com uma via e é imprescindível estar em condições adequadas de trafegabilidade. Além disso, ressalta que o trânsito será liberado assim que a obra for concluída.

Prefeitura de Formigueiro soube da interdição um dia antes e o prefeito de Restinga Sêca busca alternativas

A Prefeitura de Formigueiro disse em nota que o pedido para uma restauração vem desde 2020. No início de janeiro o Prefeito Jocelvio Gonçalves Cardoso de Formigueiro e o Vice, Gilson B. Murilo Severo, foram a Porto Alegre para tentar viabilizar essa restauração. E no dia quatro de fevereiro Severo, que estava a frente da Prefeitura, foi a capital buscar a ordem de serviço para a reforma e já foi estabelecido pelo Daer o bloquei já na sexta-feira, dia cinco. Foi solicitado que não fosse feito e sim uma tentativa para o bloqueio na segunda-feira, dia oito. Conforme a Prefeitura, o Daer não voltou atrás  na determinação,  inclusive  foi  tentado um bloqueio  parcial, que não pode acontecer.  “A Prefeitura  como toda a comunidade  lamenta, a situação  da ponte ter chegado a esse ponto, mesmo com inúmeros pedidos,  dos prefeito  de Formigueiro e Restinga Seca”, reitera a nota.

O prefeito Paulo Ricardo Salerno disse que está acompanhando o andamento da obra. E na última quinta-feira (19) para a Capital para tentar alternativas com o Daer.

“Estive ontem em Porto Alegre para buscar alternativas junto ao Daer, que infelizmente cometeu alguns equívocos, e o principal deles eu considero a falta de comunicação entre a Coordenadoria Regional do Daer e os municípios. Entendo que o Coordenador poderia ter conversado com os prefeitos em exercício de Formigueiro e Restinga Sêca naquele momento e definido algumas estratégias em relação ao início dessas obras e como conduzi-las, o que não aconteceu”.

O prefeito Salerno disse que as tratativas para a construção de uma nova ponte estão em andamento. 

“Estamos avançando na questão do projeto da nova ponte. A licitação teve que ser remarcada em função de uma alteração no edital, mas tudo indica que no dia 11 de março nós teremos o processo licitatório para a contratação da empresa de engenharia responsável pela elaboração de um novo projeto para uma nova ponte”. 

O que dizem as autoridades

O secretário Juvir Costella, responsável pela Secretaria de Logística e Transportes (Selt), está ciente da situação. Conforme o titular da pasta, todos os procedimentos estão sendo adotados para que a obra seja finalizada o mais breve possível, respeitando todas as normas técnicas necessárias e, ainda, estando sujeita às condições climáticas. “São melhorias fundamentais para a região que, apesar dos transtornos momentâneos, ganhará em condições positivas de trafegabilidade para a comunidade”, finaliza.

O vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Formigueiro, Pablo Milani, disse que a interdição foi debatida em Sessão da Câmara no dia oito de fevereiro, sendo um consenso entre todos os vereadores a respeito desse trabalho.

“Nossa queixa não é sobre a manutenção em si, que é muito importante para garantir a segurança do local, mas a nossa reclamação é como o trabalho de interditar a ponte por 12 dias direto”, disse.

Milani diz que fez uma solicitação para que tráfego seja liberado para passagem em dois horários, ou somente no fim da tarde. O presidente da Casa disse que duas formas foram apontadas. A primeira endereçada ao Secretário Costella e um ofício ao diretor do Daer. O retorno desse ofício, segundo o presidente da casa, foi a abertura de um protocolo para verificar se é possível essa possibilidade apontada.

O Tribuna questionou o Daer sobre essa possibilidade e conforme o Departamento, os pedestres estão passando, e até por isso não foi retirado todo o material degrado de uma vez e vale a interdição para veículos logo pedestres.

A outra forma foi uma Moção de Repúdio para o Governo do Estado feita em uma reunião na noite desta terça-feira, dia nove, com os vereador Mauro Costa e Patricia Parreira, presidente e primeira secretária do Poder Legislativo da Quarta Colônia e Região (PLQCeR). Os parlamentares da Quarta Colônia e Região manifestaram repúdio a toda e qualquer ação de descaso e morosidade que venha prejudicar os moradores que dependem percorrer o trecho, alternando e prejudicando a rotina da população.

Sobre esse fato o vereador Mauro França da Costa, presidente do Legislativo restinguense e presidente do PLQCeR, fez para mostrar a insatisfação do fato para os responsáveis.

“Foi um pouco apressado a interdição, poderiam ter chamado os dois municípios e terem conversado que iria acontecer a interdição, até mesmo para poder preparar melhor os dois municípios e não simplesmente chegar e interditar. Fiquei triste com a situação e aceitei a Moção e levei aos municípios da Quarta Colônia que estavam de apoio e assinaram para mostrar a importância da região junto ao fato”.

Conforme França, ainda não houve um retorno até o presente momento do que foi encaminhado.

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