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As festividades de quem venceu a Covid-19

Milhares de pessoas foram contaminadas pela Covid-19 pelo mundo. Restinga Sêca já ultrapassou o número 200 infectados.

Dois restinguenes, em um ano atípico, se disponibilizaram a falar um pouco de como serão os seus finais de ano. As suas expectativas após vencerem a luta contra esse inimigo invisível.

Mediante todas as restrições de não aglomeração e distanciamento que estão sendo determinadas, as festas de fim de ano serão diferentes. Então, fizemos dois questionamentos: Como serão as suas festividades de fim de ano e como ficou a percepção dessas datas após terem sido contaminados.

A senhora Neila Teresinha Oliveira Rita Zeilmann nos revela que não sabe o que irá fazer nas festividades.

“Sinceramente não sei o que farei. Eu pretendo passar o mais simples que puder, na maior paz com menos pessoas possível. Aquela junção que fazíamos de família com 40,30 pessoas não terá esse ano, não estamos para isso”, contou.

Ela foi a terceira contaminada no município. A forma que ela propôs revelar e falar para a população como se sentia foi em um vídeo gravado logo depois de saber que estava com a Covid-19.

“Eu passei 22 dias de isolamento, e é uma coisa que mexe muito com o corpo e a mente da gente”, lembrou.

Para o fim de ano e as festividades que se aproximam, a sua percepção diante de ambas as datas é de um sentimento de tristeza e reserva.

“Eu acredito que será um fim de ano triste para várias famílias, que vão sobrar lugares na mesa, vão faltar personagens. Outros não irão se encontrar, uns para preservar seus familiares e outros para se preservar. Um final de ano bastante restrito para todos. Mas desejo que o bom Deus nos ampare, nos abençoe com saúde, que a gente possa fazer essa virada de ano tranquila”, disse.

Neila pede que todos se cuidem, pois o vírus está aí, e nem tão cedo irá embora. E para ela temos que aprender a conviver com ele e seguir a rotina sempre com todos os cuidados necessários.

Após 53 dias internado, o senhor  Nilton Pedro Cantarelli teve alta  e venceu a luta contra o Covid-19.

“As pessoas não estão se cuidando e não tem noção o que é ser intubado”, revelou.

Sua recuperação está indo muito bem e sua rotina voltou ao normal, mas exige cuidados devido às marcas deixadas.

“A única coisa que vou é na academia e mercado. A academia tenho que fazer porque estou ainda com musculatura fraca. Isso que já fiz 40 seção de fisioterapia”, destacou.

Quando perguntamos sobre as festividades ele é taxativo.

“Não vou fazer festa. Até tenho aniversário em janeiro, ia fazer uma festa, mas vou suspender. Só com a família”, disse.

E sua perspectiva em relação ao fim de ano não é das mais positivas.

“Acho que não devemos comemorar nada esse ano. Tem que ser esquecido”, comenta.

A lição tirada após a internação o fez perceber que pode aproveitar melhor a vida.

“Quero tentar aproveitar o máximo da vida. Já que tive outra chance.  Nem todos que são intubados voltam.  Eu voltei”, finalizou.

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