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Foto: Tribuna de Restinga.

Julgamento de irmãos condenados por triplo homicídio ocorrido em 2018 durou mais de 15h

Foram mais de 15 horas para que os irmãos Jorge Gilberto Lopes Linhares, 40 anos e Vitor Gilmar Lopes  da Silva, 26 anos, tivessem suas sentenças reveladas pelo júri popular pelos assassinatos de Maikel Lima Dias, 33 anos, Cláudio de Abreu Ribeiro, de 46 anos e Drieli Ramos Rodrigues, 23 anos, ocorridos na noite de 29 de setembro de 2018.

Jorge foi condenado a 51 anos de reclusão e Vitor a 48 anos e quatro meses de prisão.

O julgamento começou por volta das 10h da manhã de terça-feira (24), no Fórum de Restinga Sêca, e só finalizou depois da meia noite da quarta-feira (25). Foram seguidos todos os protocolos de segurança e distanciamento social e a sessão não contou com a presença de público.

“Foi um trabalho prévio que envolveu muito planejamento para que pudéssemos realizar uma sessão desse tamanho, que envolveu os réus presos, uma escolta, com dois advogados distintos. Então fizemos todo um processo para que pudéssemos disponibilizar as condições sanitárias para todas as pessoas que iriam trabalhar”, disse a juíza titular da comarca de Restinga Sêca, Juliana Tronco Cardoso, que presidiu a sessão.

O julgamento contou com o promotor Claudio Estivaleti que atuou na acusação dos réus e falou sobre as sentenças.

“Muito nos preocupa essa violência desmedida em razão, muitas vezes, do tráfico de entorpecentes e tínhamos uma maior preocupação com as respostas dos jurados. Os réus foram muito bem defendidos, uma plenitude de defesa, mas os jurados entenderam de responsabilizá-los”, falou o promotor.

Ele disse que a decisão é um aviso da comunidade restinguense que está cansada de violência.

 “Penso que é um aviso para aqueles que estão trilhando esse caminho, que o poder judiciário, a comunidade de Restinga Sêca não concorda com isso, ela repudia esse tipo de atitude violenta”, salientou Estivaleti.

Os condenados terão possibilidade de recurso, mas deverão ficar presos no presídio de Cachoeira do Sul.

“Foi um julgamento longo e ainda precisamos analisar qual será a principal tese, mas posso adiantar que já interpomos o recurso no ato aqui, e a ideia é demostrar que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos. Existem provas técnicas que apontam a inocência do meu cliente”, disse o advogado de defesa de um dos réus advogado Leonardo Sagrillo Santiago.

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