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Foto: Internet/reprodução.

Em entrevista, presidente da ACI Cidiclei Dotto falou sobre como se encontra o comércio, a ExpoRestinga, entre outros assuntos 

O presidente da Associação do Comércio e Indústria de Restinga Sêca, Cidiclei Dotto, concedeu uma entrevista na manhã desta sexta-feira(4) para o programa Panorama Geral, da rádio líder Fm 104,9, e para o Tribuna de Restinga, e falou a respeito da situação do comércio diante desses quase seis meses de pandemia, também falou sobre a ExpoRestinga entre outros assuntos.

O atual momento da pandemia com as restrições impostas prejudicou muito o comércio local e, com isso, afetou o faturamento das empresas. 

“Estamos acompanhando e conversando com alguns comerciantes e podemos dizer que estamos em uma situação bem delicada ainda, devido a todas essas restrições e isso afetou bastante a economia do município”, disse.

Um outro problema que foi apontado pelo presidente é a inflação. Os preços para compra das mercadorias tiveram um aumento além do esperado. Um exemplo dado foi do valor do queijo que anteriormente se comprava em torno de R$ 15,00 e hoje está em tono de R$ 40,00.
“Isso é um fator que complica bastante e principalmente o comércio não necessário, aquele comércio que não é de primeira necessidade. Isso na verdade tira o poder de compra das pessoas “, reslata.

Ainda conforme Dotto, com essa perda de compra se tira de  circulação o dinheiro na cidade, e isso tem um impacto na economia local muito rápido.

Um dos principais receios é a elevação da cesta básica.
“Isso nos assusta, essa subida de preços, pois como disse, tira esse poder de compra das pessoas. E esse é um ponto principalmente que afeta o informal”, completa.

Outro ponto é o aumento de preços dos fornecedores.

O presidente da ACI cita o exemplo de um segmento em que o fornecedor já avisou para fazer o pedido, pois na virada do mês haverá um acréscimo de no mínimo 10 %. E outro ponto é a falta de matéria prima. 

“Uma das coisas que eles nos relatam é a falta de matéria prima. Não vai ter produto para entregar. Tem empresas que já fecharam seus pedidos devido a produção estar reduzida e também não conseguir matéria prima. Quando achamos que ia liberar ainda temos este problema”, conta.

Dotto disse que um ponto a favor para movimentar a economia foi a entrega do auxílio emergencial do governo.
“Foi um valor alto que entrou no município e foi pulverizado, de quem já recebeu saiu e gastou, então isso movimentou bastante a economia direta e indiretamente”, acrescenta.

Demissões no município.
Quanto às demissões nos setores, o presidente aponta que em um primeiro momento não houve muitos casos de demissões.
“Não tivemos muitos casos de demissões, o pessoal segurou seus funcionários e ou aderiu a esse plano do governo que deu o incentivo.”

Reforma do Governo Estadual
A respeito da reforma tributária prevista pelo governo, questionado ele tem seu ponto de vista que não é para benefício do empreendedor empresário e sim para o governo.

“Tenho acompanhado pela Federasul, e na verdade o Governo hoje está uma empresa falida. Cada vez que mexer mais, vai mexer para eles a não para as empresas”, disse.

ACI no período da pandemia

Neste período de pandemia a Aci deu isenção para os associados
“Tivemos que partir para essa situação. Pois sabemos que nossa mensalidade não é muito alta, mas o somatório de três, quatro meses, alguma coisa ajuda. Então partimos para essa condição para em pelo menos algum fator contribuir como incentivo e uma valorização do associado”, disse.

ExpoRestinga indefinida 
A 5° ExpoRestinga estava prevista para ser realizada de 9 a 11 de outubro.  Mas Doto disse que é difícil prever algo sobre a feira. Pois a demanda de contratações, de vendas de espaços, de montagem para um evento desse porte é de no mínimo seis meses, e o prazo está muito curto para saber, além de não ter uma definição quanto às restrições estaduais e municipais, que podem mudar a qualquer momento. E também tem que se preservar a integridade da população e dos visitantes.

“Não podemos dizer que hoje há a possibilidade. A demanda é muito grande de organização. Se é para fazer correndo, sem organização é preferível não fazer. O que a principio é a nossa ideia, de não realizar este ano. E aí realmente vamos ver o que vai acontecer ano que vem, e vamos remarcar uma nova data ou manter a data para 2021. Ainda está tudo indefinido. E para retomar a nossa feira tem que estar tudo organizado para não perder o que já conquistamos até aqui.”, salienta.

Expectativa é de notícias boas e melhoras
A expectativa é que tudo possa voltar um pouco como estava anteriormente à pandemia, e que a economia funcione de uma forma que a indústria e o comércio possam manter seus empregados e que possa haver vendas para cumprir seus compromissos.

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