Foto: Tribuna de Restinga.
Odete Beladona Machado nova presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais fala do desafio e expectativa de assumir o cargo
Odete Beladona Machado assumiu a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Restinga Sêca na última quarta-feira (3) após assembleia. Ela assume o cargo após o ex-mandatário, José Solon da Silva, tirar a licença do cargo para concorrer nas próximas eleições.
A atual presidente conversou com o Panorama Geral, da rádio líder FM 104.9, e com o Tribuna de Restinga, na manhã desta sexta-feira (5) sobre o desafio de presidir o sindicato.
“Foi feito um requerimento por tempo indeterminado, pois não ficou determinado o mês da eleição, se for dezembro ele pode retornar a presidência”, disse Odete.
Ela inicia o seu mandato aceitando o desafio. E aponta que principalmente está contado com o apoio de entidades como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FATEG), dos sindicatos da Quarta Colônia e de suas assessorias para que seja possível um trabalho tranquilo.
“Temos o conhecimento, mas cada dia vêm coisas novas. É um desafio que a gente pega, e vamos ter que ter ajuda de outras entidades, então estamos amparados para enfrentar o desafio”, relata.
Perguntada das dificuldades que o Sindicato está enfrentando, o mais apontado está ligado à questão previdenciária. Muitos processos não precisariam vir indeferidos, mas com ressalvas.
“Tudo está pelo computador, tudo online, está um pouco mais com dificuldade. Até o Auxílio Doença, que como a sede em Santa Maria segue fechada, e os processos estão sendo analisados em tudo que é lugar, então é complicado, pois cada um entende de uma forma e isso dificulta ter acesso ao Auxílio”, comenta.
Com relação à mudança no pedido de aposentadoria dos produtores rurais, houve novos procedimentos. Conforme a presidente, antes era feito o agendamento no dia do aniversário e depois eram pedidos os documentos, e agora está diferente.
“Agora uns 20 dias antes nós pedimos que o agricultor traga seus blocos de 15 anos de atividade, mais a certidão de casamento ou nascimento, as matrículas atualizadas das terras, e então primeiro fizemos o processo, tudo é digitalizado para depois no dia do aniversário a gente lançar no sistema”, explica.
Sobre a questão da “enxadinha”, que a pessoa trabalhou na área rural um tempo e depois foi para o meio urbano e quer averbar esses anos para aposentadoria, e não são aceitos.
“Era uma coisa que o pessoal vinha muito no Sindicato procurar. Hoje nós só podemos entregar a ficha do associado, que faleceu, que não está mais na ativa para eles poderem levar para o advogado, mas aquele da “enxadinha” terminou”, disse.
Sobre a questão de pedir o Auxílio Emergencial, a orientação do Sindicato é que não o faça.
“Orientamos que não faça, porque não sabemos, se futuramente, o agricultor pode perder a qualidade de segurado especial, e pode ficar sem se aposentar”, aponta.
E no final da entrevista ela disse que fará o possível para exercer a função da melhor maneira possível.
“Quero fazer o possível para contentar todo mundo, temos uma experiência, mas todos os dias estamos aprendendo. É um aprendizado nossa missão aqui,” finaliza.
O atendimento na sede do sindicato está com o máximo cuidado. Somente duas pessoas por vez podem entrar e sempre com álcool em gel e o uso obrigatório da máscara. O atendimento é de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 11h50min e das 13h30min às 17h. Informações podem ser obtidas pelo telefone 55-3261-1118.
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