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Foto: Arquivo/Tribuna de Restinga.

Entrevista com José Solon da Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Restinga Sêca

José Solon da Silva, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Restinga Sêca, foi entrevistado na manhã de quinta-feira (7) no Programa Panorama Geral, da rádio Líder FM 104,9 e pelo Tribuna de Restinga, e falou sobre o auxílio que o governo irá dar aos agricultores e outros assuntos.

A safra dos cultivos teve queda na colheita. A situação com a estiagem e a pandemia foram os prejudiciais na visão do presidente.

“Aconteceram dois grandes problemas, o fator climático nos encolheu 58% da soja, 65% no milho, 35% no leite e 45% nos demais. Esses demais são o que mais faz a diferença pros nossos agricultores, que são as culturas de mandioca, abobora, batata alface, tudo encolheu”, disse.

E foi justamente essa diferença que se deu a escassez do dinheiro dos produtores.

Com os problemas enfrentados pelos produtores, foi solicitado para que o Governo Federal pudesse fazer um auxílio para os agricultores. O sindicato está ajudando a como orientar os agricultores que desejam possuir esse auxílio .

“Quanto ajuda do Governo Federal, a orientação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e do Escritório Jurídico Sindical, é que por enquanto, como não está homologado pelo Presidente da República para ajuda dos R$ 600 não o façam”, salienta.

Conforme Solon, a pauta levantada pela Fetag  é sobre o valor do auxílio. Em vez dos R$ 600 seria verificado se existiria a possibilidade de que seja um salário mínimo o auxílio de R$ 1.045 por três meses.

“O agricultor é bem diferenciado. Além de ficar sem o dinheiro para o seu consumo, suas manutenções familiares , ele fica devendo, pois fez um financiamento para poder produzir. Infelizmente temos que aguardar essa homologação”, diz.

O pedido e a comprovação, quando for homologado, deverá ser pelo  Talão do Produtor para afins previdenciários e,futuramente, ele poderá se cadastrar bastando comprovar a sua atividade.

Para os produtores de fumo a colheita foi reduzida, mas a preocupação é como será a compra do fumo, que somente quando abrir as compras será possível ver um panorama de como está a situação dessa classe.

“Se o preço for justo eles ainda poderão ter um valor significativo para conseguir vender e ficar com um bom lucro”.

Em conversa com Secretário de Agricultura, Claudio Roberto Possebom, Silva diz que está chegando aos bancos uma negociação da divida.

“O custeio pode ser renegociado em cinco parcelas e o investimento pode ser jogado depois da última parcela. Quanto ao crédito de R$ 20 mil ainda não se sabe, pois o banco não tem a normativa”, esclarece.

Questionado sobre a da próxima safra e uma recuperação, ele acredita que só será possível se as condições climáticas ajudarem.

Sobre aposentadoria rural, agora o sistema é digital e a pessoa deve se dirigir até o Sindicato Rural para encaminhar  a sua aposentadoria, visto que agora é tudo digitalizado.

O atendimento no Sindicato Rural será retomado nos dois turnos, manhã e tarde, com alguns critérios. Entram duas pessoas por vez, sempre com o uso da máscara e o álcool gel está à disposição na entrada e nas mesas.

Foram feitos relatórios oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. A situação das culturas de soja, milho, arroz, feijão, olerícolas, frutícolas, erva-mate, fumo, pastagens, ovinocultura, piscicultura, pesca artesanal, bovinoculturas de corte e leite estão no relatório completo, que pode ser que pode ser consultado aqui.

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