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“Só pedi que não fizesse nada para o meu filho”, conta mulher que foi assaltada em Restinga
A vítima está chegando em sua casa ou esta saindo de algum lugar e é surpreendida por um criminoso. Então, o assaltante entra no carro, faz a pessoa refém e a obriga a ficar rodando pela cidade. Esse tipo de crime é mais comum em cidades maiores, mas esse aconteceu na noite do dia 7 de abril em Restinga Sêca. As vítimas foram uma mulher de 30 anos e seu filho, de apenas 11 meses. Abaixo, ela relata os momentos de tensão que viveu por cerca de 30 minutos, desde o momento em que ela foi abordada pelo criminoso, na Rua Paulo Magoga, até quando o homem a deixou no carro e jogou a chave fora, em uma estrada de chão próximo à RS-149. Nem ela e nem o pequeno ficaram feridos, mas o assaltante levou cerca de R$ 500.
“Não imaginava de forma nenhuma ser pega dentro da cidade, mas eles realmente conhecem muito bem a cidade, sabem onde tem câmera e onde não tem”, afirma a vítima, que não terá a identidade revelada para sua preservação.
Em relato exclusivo ao Tribuna, a mulher contou um pouco mais do que sentiu naquela noite. Ela conta que nunca se está preparada para uma situação igual a qual ela passou.
“A gente nunca está preparada para lidar com aquela situação, me deparei e confesso que na hora não entendi muito bem o que realmente acontecia. Em nenhum momento ele anunciou assalto ou coisa do tipo, ele simplesmente entrou e me pediu que não olhasse pra ele e para eu arrancar o carro”, detalha.
Ela seguiu todas as recomendações que o criminoso pediu. Saíram de onde estavam, na Rua Paulo Magoga, e ficaram rodando pela cidade.
“Fiz tudo o tempo todo calmamente. Não apresentei reação nenhuma, o que ele falava eu respondia, quando ele me pediu dinheiro eu mostrei onde tava, entreguei, sem reação nenhuma, ofereci inclusive o carro, disse que poderia levar”, conta.
A calma e o medo eram os principais sentimentos naquela hora, pois ela só pensava na proteção de seu filho.
“Só pedi que não fizesse nada pro meu filho. Tentei me manter calma, porque precisava manter o meu filho calmo para que nada de ruim acontecesse com ele e para a gente conseguir resolver aquela situação ali o mais rápido possível”, lembra.
O assaltante pediu para ela encostar no fim da Avenida Júlio de Castilhos, no trecho de estrada de chão entre a linha férrea e a ERS-149, próximo a antiga Pestiscaria.
“Ele pediu a chave, que eu abaixasse a cabeça e não olhasse para lado nenhum até ele sair. Aí jogou a chave do meu carro no mato e saiu rapidamente dali, nos deixando dentro do carro. Senti medo, mas com tudo consegui manter a calma perto do que poderia ter acontecido. Foi dos males o menor, pois só levou meu dinheiro e não nos fez mal algum”, diz.
Foi então que toda a tensão do momento foi evidenciada com o alivio de não estar mais vivendo aquela situação.
“Foi então que desabei chorando abraçada ao meu filho de 11 meses, e alguns minutos depois fiz as ligações para Brigada Militar e para os meus familiares para avisar do ocorrido”, confessa.
Ela já havia sofrido duas tentativas de assalto antes, mas não ficou surpresa pelo fato ter ocorrido dentro da cidade.
“Já havia sofrido no Réveillon do ano passado e no meio do ano passado duas tentativas de assalto, na entrada da propriedade onde eu moro, e sem sucesso. Eles tentaram me parar na entrada e quando eu vi o movimento, nas duas vezes, eu arranquei com o carro e eles não tiveram acesso até o interior do veículo. Mas a gente já imaginava, já tinha ouvido comentários de questão de roubos e coisas do tipo, então, de certa forma não foi tão surpresa”, afirma.
Ela faz questão de agradecer a Brigada Militar e a Polícia Civil pela preocupação e pelo atendimento dado a ela em um momento tão difícil.
“Com tudo, agradeço a Deus não ter acontecido nada de mais grave conosco, por ter sido levado só o dinheiro. Agradeço também a todo mundo que se preocupou, e minha enorme gratidão ao pessoal da Brigada Militar, que agiu extremamente rápido no momento da ligação e ao pessoal da Civil que sempre me atendeu com todo carinho e dando total atenção para a gente em todo e qualquer chamado que realizamos”, agradece.
Ela agradece as corporações pela prisão.
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