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Desfile de rua Castrovilarri. Carnaval de Máscaras.
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Desfile de rua Castrovillari.
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Prefeitura Municipal de Agrigento.
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Desfile de rua Castrovillari, Carnaval de Máscaras
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Desfile de rua Castrovillari, Carnaval de Máscaras
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Teatro Pirandello Agrigento.
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Desfile de rua Castrovillari.
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Sindicato do comércio de Agrigento.
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Vale dos Templos de Agrigento.
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62° Carnaval de Castrovillari, teatro da cidade.

Uma entrevista com a restinguense Elena de Oliveira Venturini que esteve na Itália logo no começo da pandemia da Covid-19 no país

O Tribuna de Restinga entrevistou a restinguense Elena de Oliveira Venturini, 29 anos, corretora de imóveis e empresária, que esteve na Itália logo no início da pandemia do Coronavírus. Ela nos conta como foi todo o processo no país, suas percepções e o retorno ao Brasil.

A viagem foi com um grupo para festivais folclóricos levando a cultura gaúcha para os europeus verem. Apesar de não se apresentarem pilchados levaram a cultura do Rio Grande nos pontos turísticos em que puderam passar

“Conseguimos fazer apresentações nos pontos turísticos, não estávamos pilchados, mas já valeu à pena. Nossa viagem foi maravilhosa”, disse.

Confira entrevista:

Tribuna de Restinga: Primeiro obrigado pela atenção. Tu fizeste uma viagem com um grupo para Itália. Foi para uma apresentação qual o intuito? Que cidade foi?

Elena : De nada. Fizemos uma viagem para Itália com 31 pessoas. Fomos participar de dois grandes festivais folclóricos, mostrar nossa arte e cultura para o mundo, pois lá estariam outros 20 países. O primeiro festival chegamos a participar, na cidade de Castrovillari, desfilamos, participamos do carnaval de máscaras.

TR: Existia a possibilidade, se sondava sobre um adiamento desse evento ou nada foi falado?

Elena: Quando partimos para o segundo festival, na cidade de Agrigento, no caminho ficamos sabendo do cancelamento do festival.  Lembrando, que quando saímos do Brasil, não havia um surto de Corona na Itália, menos sabíamos  que viraria o epicentro da doença.

TR: O que tu presenciaste na Itália e quais as informações que chegavam até vocês sobre o Coronavirus?

Elena: As informações do Corona chegaram até nós pela televisão, pois foi um susto mundial.Após o cancelamento do Festival de Agrigento tivemos todo um preparo, tanto da saúde brasileira, quanto Italiana, festival cancelado, eventos de todo o tipo foram cancelados, mas o primeiro festival ainda chegamos a participar. Permanecemos com o itinerário da viagem, fazendo as visitas nos lugares turísticos, visita ao prefeito, como estava previsto. Nos últimos dias que estávamos lá, até mesmo os pontos turísticos foram fechados.

TR: Os italianos pareciam preocupados? Qual A tua impressão?

Elena: O Corona era comentado mais pela mídia, pois estávamos no sul da Itália e lá não haviam casos. Tirando os eventos de aglomeração o restante funcionava normalmente.

A última notícia que tive de amigos de lá é que nas cidades onde fomos ainda se permanecia sem casos. Mas que tudo foi restrito e que todos estão de quarentena, apenas serviços essenciais em funcionamento. Pelas notícias da última semana, dos amigos da Itália, a situação está igual.

Em palavras de um amigo, “a econômica da Itália está destruída”.

TR: E o retorno para o Brasil,  teve medidas a serem tomadas, tu também fez medidas preventivas como foi o retorno? E a chegada e agora esse isolamento?

Elena: Sobre nosso retorno, passamos por dois aeroportos na Itália, quais verificaram nossa temperatura corporal e fizeram entrevistas para ter certeza se estávamos bem.

 Nossa chegada ao Brasil foi toda monitorada por pessoas especializadas. Nos mantivemos na quarentena por 14 dias e não tivemos nenhum sintoma entre os integrantes da delegação.

Os cuidados continuam. Porém penso que não podemos parar a economia. O governo é uma empresa, se não vermos ele assim estaremos vivenciando a maior crise desde a segunda guerra mundial.

TR: O que tu recebe dos teus familiares aqui de Restinga Sêca, e se tu acha que está equiparado ao que tu viste lá na Itália?

Elena: Minha posição em relação ao Coronavírus no Brasil, é que será diferente do que na Itália. Em primeiro lugar, neste momento na Itália é inverno, ou seja, maior probabilidade de viroses. Em segundo lugar, o país da Itália como um todo é de população idosa, por isso há porcentagem maior de mortos. Acho sim que a situação é grave e que temos que tomar muito cuidado, principalmente com pessoas que estão na zona de risco, mas não podemos matar a economia, pois aí sim, teremos muito mais mortos após Corona.

Elena ainda destaca que além do vírus a estiagem também pode causar sérios danos a economia e a população.

“Isso certamente coloca-me em pânico, pois o Corona está sendo o primeiro problema que passaremos, a economia será abalada em alto nível. Nosso estado além disso tudo, passa por mais o problema da estiagem, o que agravará mais ainda a situação”.

Fotos: Elena de Oliveira Venturini

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