
Foto: Tribuna Online

Condição da lavoura de soja devido a estiagem.

Condição do milho.

O fumo também ficou afetado

O arroz afetado pela estiagem.
Técnico da Emater de Restinga Sêca, Artemio Figueiredo fala das condições das culturas e lavouras em Restinga Sêca
O município de Restinga Sêca decretou estado de emergência devido à estiagem. As chuvas que ocorreram nas últimas semanas amenizaram a situação em algumas culturas. Já outras não houve melhora. O programa Panorama Geral conversou com o técnico da Emater de Restinga Sêca Artemio Figueiredo sobre as condições das culturas.
“A soja deu uma recuperada, essa cultura deu uma recuperada muito boa, e têm outras lavouras que mesmo com as chuvas não teve como recuperar e dar o segmento a lavoura em função da própria estiagem, com aquele excesso de calor que ocorreu no Natal e no fim do ano, aquilo ali causou a morte das plantas.”, disse.
Quando começou a chover ainda não era o período de replantio de algumas culturas e alguns produtores optaram por não fazer o replante, e assim, muitos procuraram o seguro Pro Agro para suas lavouras. A Emater fez o levantamento das áreas atingidas e também as avaliações para que esses produtores pudessem viabilizar o seguro.
A cultura do milho foi a mais atingida desde o início do período de seca. Conforme Figueiredo, as áreas plantadas inicialmente foram perdidas. “Aquelas áreas plantadas em setembro, que é quando o produtor começa o plantio do milho, ali por final de agosto também, essas áreas aí deram muitos problemas sérios com lavouras e praticamente todas foram perdidas.”, relata. Conforme dados recolhidos foram 85% de perda das lavouras de milho. No município não haverá produção. “É uma situação complicada, pois o milho é muito importante para o meio rural.”, completa. A única saída, conforme o técnico é a safrinha que ocorre nos meses de janeiro até o início de fevereiro e que pode haver o plantio.
Figueiredo diz que o grande problema é que o produtor já está descapitalizado e a semente do milho está cara e infelizmente com recurso próprio está inviável a compra de novas sementes pelo preço alto alcançado.
Para a cultura de arroz o problema era a falta de água. Com a chuva houve uma amenizada e os produtores conseguiram colocar água para dentro das lavouras. Mas muito produtores não conseguiram buscar água do rio Mirim, devido á sua baixa e assim perderam seus cultivos.
Em relação ao fumo a perda da produção foi 40% menor que em 2019.
Nos hortigranjeiros, produção de morango foi bastante afetada. “A produção foi afetada em torno de 60%, o que paralisou a produção, o calor acima dos 30°C prejudicou muito esse cultivo,”, disse. A alface não houve produção devido à dificuldade de fazer mudinha vingar devido ao excesso de calor.
“Os danos são irreversíveis, só que se faça outro replantio, a única cultura que vai dar uma resposta, se continuar chovendo, é a soja, mas se por acaso, nós estivermos mais um período de estiagem ela dará uma quebra significativa.”, finaliza.
Fotos: Artemio Figueiredo.
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