Teatro de Lona Serelepe fechará as suas portas
Em comunicado oficial feito no perfil do Teatro, Marcelo Benvenuto de Almeida, o palhaço Serelepe, informou ontem o fechamento das atividades do teatro, após temporadas já contratadas em Quaraí, Alegrete e Rosário do Sul, o que permite prever que o encerramento, de fato, das atividades aconteça no outono de 2018.
Ele continuará fazendo shows no modelo "stand up". Todos estão bem, com saúde e, basicamente, a decisão resulta da falta de incentivo público à cultura, sendo difícil a manutenção da empresa com funcionários trabalhando e uma bilheteria fraca.
O Teatro Serelepe iniciou em 1929, no interior da cidade de Sorocaba, São Paulo, na figura de Nhô Bastião, que fazia palestras cômicas, ao lado de sua irmã, Nhana. A dupla, após o sucesso, adquiriu um circo, o Circo Oriente e passou a excursionar pelo interior paulista e paranaense. Com o tempo Nhana casou-se e constituiu o seu próprio circo. Nhô Bastião comprou uma chácara em Ponta Grossa, interior do Paraná, e dali saía para excursões nos três estados do Sul.
Progressivamente, o filho mais velho de Nhô Bastião foi sendo preparado para substitui-lo e assim foi em 1962, quando Nhô Bastião faleceu, o seu filho, Serelepe, assumiu o palco e o comando da companhia até 1981. Ocasião em que o teatro fechou e a trupe retirou-se para Curitiba. Anos depois, a família Benvenuto de Almeida retornou à vida itinerante sob o comando de Marcelo, o novo palhaço Serelepe, que passou por Restinga em 2006 e 2015.
Agora, Marcelo afirma que continuará atuando como palhaço, afinal, segundo ele, foi o que aprendeu a fazer e que tenciona retornar à região para shows.
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