No princípio, Restinga foi terra que serviu de acolhida para imigrantes portugueses, italianos, alemães e austríacos. As famílias dessas etnias vieram para cá por vários motivos, dos quais podemos citar o sonho de liberdade e a fuga em tempos de guerra.

Jacuí

Contam os moradores que o Rio Jacuí, o qual deu nome à comunidade, teve um tempo em que era navegável. Suas águas eram utilizadas como rotas de comércio.

A linha ferroviária que passava por Jacuí, transformou este vilarejo num pólo de desenvolvimento. Construiu-se a estação ferroviária e em torno dela surgiu um povoado, que trabalhava em oficinas de trens, o que era meio de sustento para muitas famílias e gerava um grande movimento. A economia girava em torno da ferrovia. Foram construídas casas onde os funcionários da rede ferroviária residiam.

Ainda hoje resta deste lugar memórias daquela época, em prédios antigos como o da estação do trem e outras edificações.

Três Vendas

Na área onde fica Três Vendas e que antes era chamado de Vila São Miguel, instalou-se imigrante alemão que veio para o Brasil com seus 18 anos de idade, chamado Teodoro Marquet. Marquet trabalhava com uma grande casa de comércio. Seu estabelecimento vendia de tudo. Por ali passavam muitas carreta de boi, vindas de Nova Palma, carregadas de dormentes, usados na construção da estrada férrea. Existiam olarias, serrarias e alambiques.

Várzea do Meio

Perto de Três Vendas, onde hoje chama-se Várzea do Meio, também havia um povoado. Neste funcionava uma casa de comércio pertencente a Valdemar Müller. Também existia uma ferraria de Robert Rohde, uma pequena olaria, serraria, descascador de arroz e um engenho de propriedade de Carlos Shalowisk. Todas as sacas de arroz produzidas por esse engenho eram transportadas pelo Rio Jacuí em embarcações chamadas “gasolinas”, através do Porto dos Macacos.

Colônia Borges

Em Colônia Borges, surgia a primeira cooperativa. As atividades eram a plantação de fumo de corda, feijão e milho.

Vila Rosa

Pelos arredores da Vila Restinga existia um povoado e um campo de rosas. E por esse motivo, Alexandre Cantarelli nomeou este lugar de Vila Rosa. Esta vila de tinha uma sociedade totalmente organizada.

Possuía um clube chamado D. Pedro II, que promovia vários grupos de encontro, como a sociedade de tiro ao alvo e grupo de damas. Também promovia festas e bailes, o que integrava a comunidade. Em Vila Rosa foi criado um posto policial, tal era o movimento e a quantidade de moradores.