Eduardo Leite, pré-candidato a governador, visitou Restinga Sêca

O pré-candidato ao governo do Estado, Eduardo Leite, do PSDB, visitou Restinga Sêca no último dia 14 de junho. O político se reuniu com lideranças do partido no município para discutir e apresentar as suas propostas para a campanha eleitoral que inicia em agosto e culmina com o dia da votação, em 7 de outubro. O seu vice deve ser o delegado Ranolfo Vieira Júnior, do PTB, que também havia anunciado pré-candidatura ao Piratini, mas entrou em acordo para ser vice. Acompanharam a visita de Leite a cidade o presidente e vice do PSDB restinguense, vereador Elton Almeida e o ex-vereador Márcio Rohde, respectivamente. O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, que tem grande identificação com Restinga, também esteve presente.

Secretário municipal, vereador e prefeito mais novo da história de Pelotas, Eduardo Leite fechou o seu mandato na cidade da região sul do Estado com 87% de aprovação. Ele elenca quatro prioridades para recolar o Rio Grande do Sul nos trilhos: investimento em infraestrutura, redução da carga tributária, desburocratização de processos e investimento em educação.

INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA

O primeiro ponto destacado por Leite é melhorar a infraestrutura do Estado, principalmente no que diz respeito ao transporte. Rodovias, é claro, mas também ferrovias e hidrovias, tudo para que investir em solo gaúcho se torne mais atrativo do que em outros estados.

“O grande problema do RS, especialmente neste momento, é aliar o equilíbrio das contas públicas, em parte isso acontece. O que não vejo, é um projeto de equilíbrio das contas associado a um projeto de desenvolvimento econômico. Sem conseguirmos desenvolver o nosso Estado, para gerar novos empregos, fica muito mais difícil de equilibrar as contas. Estamos longe da grande mola da economia, que é São Paulo. Temos um custo logístico para quem empreende, que é o dobro da média do Brasil. Então temos que ter investimentos em infraestrutura para baratear esse custo. E só conseguimos fazer isso em parceria com a iniciativa privada. Não adianta querer vender isso, que o Estado consiga fazer sozinho”, destaca.

TRIBUTOS E BUROCRACIA

Outras duas questões que serão tratadas como prioridade, em caso de eleição, segundo Leite, são duas grandes reclamações da sociedade gaúcha como um todo, mas principalmente do empresariado, a alta carga tributária e a burocracia.

“O segundo ponto é burocracia. Precisamos reduzir o tempo que se leva para conseguir licenças. Existem projetos com tecnologias para novas formas de concessão de licenças que podem ser agilizados. O terceiro ponto é a redução da carga tributária. Temos uma carga de cobrança de ICSM maior que os outros Estados. Se a gente cobra mais, é claro que a gente empurra investimentos para fora do Estado. Temos que trabalhar na lógica da redução da carga tributária para que possamos tem competitividade”, ressalta.

Aliado a esses três pilares, que buscam a retomada de investimentos no Estado, está a educação. Para Leite, os tempos atuais exigem uma maior capacitação para quem busca qualquer tipo de emprego. E só com educação chega-se a esse objetivo.

“Por último, mas não menos importante, a educação. Se nós queremos ter geração de emprego e atração de novos negócios, temos que apresentar para o investidor uma força de trabalho com qualidade. Essas novas oportunidades que estão surgindo exigem muito mais qualificação. E precisamos focar em formar mão de obra qualificada para o futuro”, reforça.

PRIVATIZAÇÕES

O candidato também falou sobre as privatizações de empresas gaúchas, que está em pauta pelo governo de José Ivo Sartori há mais de um ano. A proposta do atual governador é vender a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a Sul Gás. Leite é a favor, mas faz ressalvas.

“Sou a favor da privatição, mas ela tem que ter uma resposta anteriormente. Por exemplo, o que vai ser feito com os funcionários dessas empresas? Milhares de famílias dependem desses empregos. Não é culpa de quem está em um poste, ligando a luz, a crise da CEEE. Ele é que está pagando o preço pela falta de investimento e gestão. O segundo ponto que tem que ser respondido é para onde vão os recursos da privatização. Se for para pagar custeio, as despesas correntes do mês, pagamento de salário, por exemplo, é errado. Não pode ser usado um patrimônio para sustentar o pagamento das despesas do mês. É como vender os móveis da casa para pagar o almoço. Como vai fazer para almoçar no dia seguinte? Patrimônio tem que significar reinvestimento. Temos que fazer a privatização da forma correta”, opina.

O presidente do PSDB em Restinga Sêca, Elton Almeida, e o vice, Márcio Rohde, destacaram a importância da presença do pré-candidato ao governo do Estado no município.

“É um dia especial quando recebemos a visita do pré-candidato. Confiamos muito nele. O trabalho dele feito em Pelotas prova a sua competência. A administração dele prova isso. Apesar de jovem, tem uma grande capacidade administrativa”, afirma Elton.

“É uma grande honra para nós receber o pré-candidato. É um cara que dispensa comentários. É um momento que o país vive um descrédito muito grande com os políticos, e ele é uma pessoa séria, competente, e que mostrou isso com uma grande administração em Pelotas”, complementa Márcio.

Atual prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom foi o candidato mais votado em Restinga Sêca nas duas últimas eleições que concorreu (e se elegeu) para Deputado Estadual. Por isso ele destaca o seu compromisso em estar presente em momentos importantes para o município.

“O projeto que o Eduardo vai nos apresentar é de desenvolvimento regional também. Ele sabe do compromisso que temos com a região. Sempre disse que mesmo que me elegesse prefeito, não daria as costas para os anseios da nossa região, e principalmente Restinga Sêca. Um dia vou ser prefeito dessa cidade”, brinca Pozzobom.